Olá,
Quem aqui era nascido em 1995? Se você era, deve se lembrar daquelas drásticas imagens de destruição na sua TV durante os noticiários. Eu era muito pequena e apesar de saber que algo muito ruim estava acontecendo naquele momento, não entendia muito bem o que era um terremoto. E foi assim que a cidade de Kobe (em japonês 神戸市), na província de Hyogo, ficou mundialmente conhecida.
Em 17 de janeiro de 1995, exatamente às 5h46min da manhã a cidade foi atingida por um terremoto de 7.2 graus na Escala Richter, ocasionando a destruição de rodovias, viadutos, ruas, casas e edifícios. O abalo que durou apenas 20 segundos vitimou 6.500 pessoas, deixou 300 mil desaparecidos, 30.000 feridos e um grande saldo de destruição: 67.421 moradias, das quais 6.965 totalmente consumidas pelo fogo, principalmente em áreas onde se concentravam antigas casas de madeira, o que reduziu a elegante cidade portuária a meras pilhas de escombros e pedregulhos. Além dos danos diretos, os moradores da cidade também sofreram danos indiretos, como um longo período de estadia em abrigos temporários (máximo de 599 locais e 222.127 refugiados).
Mas, Kobe também traz boas lembranças, principalmente aos descendentes de japoneses. Foi do porto de Kobe, em 1908, que partiu o Kasato Maru, navio que levou o primeiro grupo oficial de imigrantes japoneses para o Brasil. A longa viagem durou 52 dias e terminou em 18 de Junho de 1908 quando o navio atracou no porto de Santos.
Monumento Kibou No Funade dedicado aos emigrantes |
Kobe também é bem conhecida pelo famoso “Kobe Beef”, cortes do bife do gado wagyu, criado ali na província de Hyogo, de acordo com as regras definidas pela Associação de Marketing e Promoção da Distribuição do Kobe Beef. A carne é considerada uma iguaria, reconhecida pelo seu sabor, consistência e gordura, bem marmorizada (acumulação de gordura intramuscular na carne bovina).
Agora que você leitor já está mais familiarizado com Kobe, vamos falar do passeio que fiz por lá. Foram 3 dias maravilhosos, passeando pelos principais pontos turísticos. Do meu ponto de vista, achei a cidade não tão preparada para receber turistas como suas vizinhas Kyoto e Osaka. Talvez, porque muitas pessoas aproveitam o passeio às essas cidades e apenas dão um “pulinho” em Kobe.
Na saída da estação de trem Sannomiya tem um centro de informações turísticas. A atendente, super simpática, nos deu todas as informações incluindo panfletos, mapas e um folder com descontos em algumas atrações. Alguns mapas são confusos, com imagens pequenas e mostram apenas as principais atrações, dando a impressão que são próximas umas às outras, mas na verdade não são.
Outra coisa que reparei, talvez seja influência da região, mas achei os atendentes mais grossos. Não grossos, e sim, simples e diretos. Respondiam na lata, sem rodeios. Acho que estou muito acostumada com os atendentes de Tokyo que dão a volta no mundo quando precisam falar algo que possa desagradar o cliente. Mas, até que gostei kkkk Apenas me assustei, pois fiz uma pergunta e o rapaz foi super seco e direto.
Quando também fomos pedir informações sobre os passes de um dia, a atendente estava super apressada, sem paciência, querendo cobrar logo antes mesmo de eu decidir qual compraria. Por falar nisso, compramos o passe de um dia e pagamos 1.400 ienes.
No próximo post, falarei sobre os principais pontos turísticos que visitei.
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Até lá,
Thais Fioruci
Kobe – Central de Informações Turísticas
Endereço: 8-chome,Kumoi-dori,Chuo-ku.Kobe. Saída sul da estação JR Sannomiya.
Horário: Das 9h às 19h
Aberto 365 dias ao ano (Fechado em 31/12 à 2/1)
Telefone: 078-322-0220
Referência: