YASUKUNI – O TEMPLO DA CONTROVÉRSIA


Olá pessoal,
Um lugar que deveria marcar a gratidão do povo japonês por àqueles que morreram lutando por seu país tem sido o pivô de muitas polêmicas. Localizado em Tokyo, o Yasukuni Jinja (em japonês 靖国神社) é um santuário xintoísta, fundado em 1869 para homenagear as pessoas que sacrificaram suas vidas na construção de um novo Japão. O nome “Yasukuni” significa desejos para preservar a paz da nação.

Desde 1853, aproximadamente 2,5 milhões de pessoas perderam suas vidas lutando nas batalhas da Restauração Meiji, Rebelião de Satsuma, Guerra Seinan, Primeira Guerra Sino-Japonesa, Guerra Russo-Japonesa, Primeira Guerra Mundial, incidente de Manchúria, Segunda Guerra Sino-Japonesa, Guerra do Pacífico e na Segunda Guerra Mundial. Além de soldados, mulheres e meninas que contribuíram na operação de socorro nos campos de batalha, estudantes que passaram a trabalhar em fábricas para ajudar o país, cidadãos japoneses comuns, pessoas de Taiwan, coreanos e japoneses que “foram rotulados de criminosos e depois executados”. Todos, independentemente de posição social, econômica, sexo ou nacionalidade, estão registradas ali com o nome, origem, data e local de falecimento. Eles são considerados completamente iguais e adorados como divindades.


Todos os anos, cerca de cinco milhões de pessoas visitam o local. A família imperial e membros políticos ativos no governo também estão sempre presentes para prestar suas homenagens.

 

Certo … mas você deve está se perguntando onde está toda a polêmica. Vamos lá! Após a derrota dos japoneses na Segunda Guerra Mundial, em 1945, as autoridades da ocupação aliada ordenaram que Yasukuni optasse por se converter em uma instituição não-religiosa dependente do governo ou mantivesse seu caráter religioso desvinculado do Estado. Yasukuni elegeu a segunda opção e desde então, seu financiamento é totalmente privado. 
Toda essa controvérsia política começou em 1978, quando decidiram colocar o nome de catorze criminosos de guerra entre as 2,5 milhões de pessoas homenageadas no santuário. Além disso, as freqüentes visitas de primeiros-ministros e membros do governo ao santuário desde 1975 vêm causando preocupações sobre a violação do princípio da separação de igreja e estado.
 
Dizem que o local é carregado de símbolos evidentes de puro nacionalismo japonês como várias bandeiras hasteadas e placas que se referem a figuras como Hideki Tojo, primeiro-ministro japonês durante a Segunda Guerra Mundial, apontado como um dos “mártires erroneamente acusados pelas forças aliadas”.
Sempre que um ministro do alto escalão político visita o Yasukuni é manchete na certa! E minutos depois, cria-se uma onda de tensão entre o Japão e seus vizinhos do Leste da Ásia, principalmente China e Coréia do Sul.
Bem, política é um assunto bem complicado e o postjá trouxe polêmica demais. Tirando essas desavenças, é um lugar muito bonito para se visitar e apreciar as belas sakuras! 
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Até mais,
Thais Fioruci


COMO CHEGAR:

O Santuário de Yasukuni está localizado a uma curta caminhada da Estação Kudanshita no Metro Hanzomon.  
A partir da Estação de Tokyo:
Pegue o Metro Linha Marunouchi da estação de Tokyo para Otemachi (1 minuto) e, em seguida, o Metrô Linha Hanzomon à Estação Kudanshita (4 minutos).
Da Estação de Shinjuku
Pegue a linha de metro de Shinjuku à Estação Kudanshita. A viagem só de ida leva 8 minutos.
Referências:


2 comentários em “YASUKUNI – O TEMPLO DA CONTROVÉRSIA”

  1. Olá Priscilla!

    Bem vinda ao Japão!!! Espero que vc curta muito essa experiência! Dei uma espiadinha no seu blog e achei uma graça! Ficarei aqui ligadinha nas prx aventuras!

    Obrigada pelo elogio e se precisar de ajuda pode chamar!

    Beijos
    Thais Fioruci

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